Se sou mais que uma pedra ou uma planta?
Não sei.
Sou diferente.Não sei o que é mais ou menos.
Fernando Pessoa.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Encantador de letras




Aquele poeta brinca com as palavras, com tamanha liberdade
que assemelha-se à criança a brincar com seu brinquedo favorito.
Ao seu lado, legiões de sentimentos desorganizam-se e tornam-se outros eternamente,
E aqueles dedos que acariciam a pele da mulher, também ferem fundo a alma,
Também dizem das maldades e dos medos que o mundo nos oferece...
E pelas ruas, onde passam seus pés,  trôpegos de palavras não externadas, ficam impressas as marcas do caminho já percorrido,
das noites povoadas de solidão,
da eterna doação de si mesmo para o nascimento de mais uma poesia,
para o amanhecer de mais um novo dia.
Dia este que domina com a habilidade de um maestro a espera do som perfeito...
E de tanto encantar, o poeta, vê-se encantado e ele e a poesia já não são diferentes
são a mesma coisa e outra coisa o tempo todo.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010



Nada parece estar em ordem sob minha pele.
A cabeça, pesada de idéias e algum vírus afim,
Ressaca musical e ainda ouço cada integrante da banda,
São trinta e três,
Cada sopro de sax,
Schopenhauer na mesa, e estes pensamentos que se cruzam
sempre haverá a mão dupla,
sempre haverá a contramão,
E escrevo apenas porque algo me impele, não há o que dizer.
Todos os erros já foram cometidos,
Todas as palavras já foram escritas,
E estes dias inacabáveis de calor e dúvidas,
E esta eterna procura por palavras que me tragam a cura.
Nunca houve ordem sob a minha pele.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O mundo é um ovo.

                                                            




NOVO ANO
NADA NOVO
O OVO, A CASCA,
DE ONDE SAIMOS
CONTINUA SEMPRE CONTÍNUA
SEMPRE INQUEBRÁVEL.....
.


     É no instante em que sonho meu próprio sono,                          
     que despeja-se em minha alma toda esta tinta.
     Tudo cabe na tela ou na página em branco...
                            Acordo,
`   E além das cores que carrego impressas em meu corpo,
    Existem estes poemas presos em meus olhos,
    Torno-os palavras e então voamos livres,
    feito pássaros ao despertar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Silêncio...

Que bate,

Que toca,

Que invade e preenche
O meu com o seu vazio,

Silêncio...

Tão gritante esta
 minha necessidade,
de estar em silêncio..

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Natal.




O tempo passa...
E como que por encanto,
estão todos a contar luzes
com seus olhos de pisca-pisca.