Se sou mais que uma pedra ou uma planta?
Não sei.
Sou diferente.Não sei o que é mais ou menos.
Fernando Pessoa.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Devaneio encantado...

Em delicadas caixas de ninar, guardo meus sonhos...
Guardo teu olhar !
Escondo meu sono!!
Bailarinas encantadas escrevem sua dança nas asas de um pirilampo,
e o mundo tão vasto e gasto torna-se luz e cor.
Guardei meus sonhos, em delicadas caixas de ninar..
E agora, deito este corpo cansado, em nuvens inexistentes
para que as antigas cantigas adormeçam meus pensamentos....

terça-feira, 11 de outubro de 2011



Pensar e escrever, ler e pensar e escrever,
Reorganizar o universo, o momento e o verso.
Conhecer, reconhecer, pertencer a algum lugar mesmo sem estar.
Não apreender o desenho, a forma, apenas o olhar...
Deixar a cor viver.
Ser e não ser,
Crer no tolo egoísmo de aceitar o cada um e seus caminhos, posto que a brisa não é leve ...
O destino é incerto, para todos !
Tanto o do beija-flor
quanto o da flor que é beijada.....

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sobre mais uma madrugada.

Há um poema preso na garganta, resultado de um saber que não deve ser dito.
A verdade, em todos os sentidos é perversa.
A mentira em todas as ocasiões gera ansiedade.
Há um pássaro preso na gaiola aberta,
Há o tempo perdido na gaveta, as poesias no bolso e os sonhos nas mãos,
A tinta tinge a tela, assim feito esta velha madrugada que se transforma em um novo dia.
E as frases surgem, curtas, inquietas desmaterializando insônias erros e desatinos.
O mundo parece não ter lógica, ou pior, faz o maior sentido!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

....


Entre cores obscenas, recortes e instruções,
A sensação pós-finita da ausência de liberdade.
Entre vozes e batatas, resta a arte não vista,
O esboço não compreendido,
e a alma que abandona o velho corpo no brechó.