Procuro sempre ser realista.! Tenho meus pés firmemente plantados no chão e minhas mãos a brincar com as estrelas...
Se sou mais que uma pedra ou uma planta?
Não sei.
Sou diferente.Não sei o que é mais ou menos.
Fernando Pessoa.
Não sei.
Sou diferente.Não sei o que é mais ou menos.
Fernando Pessoa.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
A insustentável leveza de ser.
Doses nada módicas de insônia,
Um amanhecer vermelho cheirando a café preto.
Na tela, a dissolução dos tons.
Na alma, o mesmo livro do desassossego...
As páginas abertas, em branco...
Esperando o desdobrar da história.
Na memória, a velha casa da esquina...
onde morava o menino louco que vomitava sonhos.
Nada mais existe.
Apenas pulmão e fumaça.
Apenas ruínas e pó.
terça-feira, 27 de março de 2012
SEI QUE NADA SEI....
Castelos de poesia amontoam-se,
destroços de frases e fases;
malabares que nunca foram ao ar...
Aqui dentro, esculpe-se uma nova mesma alma , de pés descalços e nenhuma calma,
apenas a sede imensa de viver.
A vida é breve!!!!Breve!!!Brava!
A cada dia um a menos...
A cada hora um a mais...
De que vale ser apenas um corpo movido a pilhas e perdões?
De que serve tornar-se apenas um cabide vestido de códigos e verdades fingidas?
Silenciosamente, multidões se agitam em meu peito!!!
É estúpido querer mudar o que aqui está, porém é causa mortis a imobilidade!
É estúpido querer mudar o que aqui está, porém é causa mortis a imobilidade!
Sei que poesias demais acumuladas em mim transbordam sempre dedos afora,
olhar adentro....movimento atento,
Sei que a madrugada finda e o outono chega...
Sei desta minha alma nova!
Desta ruga nova!
De ser posta a prova,
a cada respirar...
a cada respirar...
sexta-feira, 2 de março de 2012
Os trabalhos e os dias. Ou, De Fábulas se fez Esbórnia.
O ano, 2012,a cidade, Esbórnia, local pitoresco que já inspirou poemas e canções.
Os jornais velhos que dançam pelo ar, trazem em si notícias desenhadas pelas mãos do moço contratado para reproduzí-las, lapidá-las , torná-las convenientes aos interesses do Grande Irmão.
A cidade, Esbórnia, se caracteriza pela semelhança com contos de fadas; e seu rio e ar cada dia mais poluído, orgulhoso símbolo de desenvolvimento econômico.
As ruas a cada dia exibem novo caixote, onde amontoam-se pessoas com seus cães, gatos, o queijo e os vermes...
Em becos escuros amontoam-se artistas e poetas, sobreviventes resistentes da grande revolução.A pele impregnada de tintas e sonhos que diluem-se a cada dia, reconstroem-se heroicamente apoiando uns aos outros e jamais dormem, pois sabem que ainda não realizaram nenhum dos doze trabalhos.Mas nem sempre foi assim, pincéis já serviram de armas.Poetas já mataram a poesia!
A cidade, permanece submersa em nuvens estáticas e ações de manutenção do poder, a fala como na época da grande ditadura, também pode levar a morte, não a morte física mas aquela que há muito estão acostumados a praticar, a morte pelo cansaço, pela destruição da poesia que ainda é possível ver,a morte pela desistência de se lutar por aquilo que se julga digno...
Alguns viram seus rostos para o lado, dão o último suspiro e seguem, mais burocratas e mais felizes, afinal para que serve a poesia??? quem se alimenta de arte????? Quem consegue morar dentro de um livro ou escultura?Seguem... com sorriso no rosto, dinheiro no bolso e alma vazia.
E este vazio tem sido o que mais existe na pequena Esbórnia, este ano , eleitoral, as falas estão mais e mais vigiadas, as ameaças veladas são tão corriqueiras que poucos ousam falar o que pensam...e mesmo após a morte por desobediência, do moço que lapidava o jornal, nada mudou. Grandes asfaltos, cortando o verde maquiam elegantemente a destruição da história...e poucos percebem, pois estão por demais ocupados com a aquisição do novo carro,que irá inaugurar o novo asfalto... os novos caminhos, que levam ao novo paraíso prometido.
Muitos, amedrontados e inseguros diante de tão estranha realidade, aguardam imóveis que Prometeu repita alguma façanha desestabilizando os deuses e devolvendo-lhes a força e não o fogo..
Esbórnia, vive hoje, ano eleitoral.
Esbórnia ,vive hoje, o ano que não acontecerá.
E aqueles inúteis, os poetas, demoram-se demais para realizar os doze trabalhos de Hércules e finalmente libertar Prometeu...
O ano, 2012,a cidade, Esbórnia, local pitoresco que já inspirou poemas e canções.
Os jornais velhos que dançam pelo ar, trazem em si notícias desenhadas pelas mãos do moço contratado para reproduzí-las, lapidá-las , torná-las convenientes aos interesses do Grande Irmão.
A cidade, Esbórnia, se caracteriza pela semelhança com contos de fadas; e seu rio e ar cada dia mais poluído, orgulhoso símbolo de desenvolvimento econômico.
As ruas a cada dia exibem novo caixote, onde amontoam-se pessoas com seus cães, gatos, o queijo e os vermes...
Em becos escuros amontoam-se artistas e poetas, sobreviventes resistentes da grande revolução.A pele impregnada de tintas e sonhos que diluem-se a cada dia, reconstroem-se heroicamente apoiando uns aos outros e jamais dormem, pois sabem que ainda não realizaram nenhum dos doze trabalhos.Mas nem sempre foi assim, pincéis já serviram de armas.Poetas já mataram a poesia!
A cidade, permanece submersa em nuvens estáticas e ações de manutenção do poder, a fala como na época da grande ditadura, também pode levar a morte, não a morte física mas aquela que há muito estão acostumados a praticar, a morte pelo cansaço, pela destruição da poesia que ainda é possível ver,a morte pela desistência de se lutar por aquilo que se julga digno...
Alguns viram seus rostos para o lado, dão o último suspiro e seguem, mais burocratas e mais felizes, afinal para que serve a poesia??? quem se alimenta de arte????? Quem consegue morar dentro de um livro ou escultura?Seguem... com sorriso no rosto, dinheiro no bolso e alma vazia.
E este vazio tem sido o que mais existe na pequena Esbórnia, este ano , eleitoral, as falas estão mais e mais vigiadas, as ameaças veladas são tão corriqueiras que poucos ousam falar o que pensam...e mesmo após a morte por desobediência, do moço que lapidava o jornal, nada mudou. Grandes asfaltos, cortando o verde maquiam elegantemente a destruição da história...e poucos percebem, pois estão por demais ocupados com a aquisição do novo carro,que irá inaugurar o novo asfalto... os novos caminhos, que levam ao novo paraíso prometido.
Muitos, amedrontados e inseguros diante de tão estranha realidade, aguardam imóveis que Prometeu repita alguma façanha desestabilizando os deuses e devolvendo-lhes a força e não o fogo..
Esbórnia, vive hoje, ano eleitoral.
Esbórnia ,vive hoje, o ano que não acontecerá.
E aqueles inúteis, os poetas, demoram-se demais para realizar os doze trabalhos de Hércules e finalmente libertar Prometeu...
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
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