Não há poesia em nada pensar, apenas vãos,
onde voam livres, pássaros vazios, rabiscos mal desenhados e palavras desconexas, feito estas que escrevo agora.
No esforço de ver também aquilo que não é matéria,
percebo um nada repleto de pequenos mundos, e não encontro a possibilidade da não concepção.
E este meu estúpido esforço contínuo, em busca da paz através do desapego e a improbabilidade de que isso aconteça, me faz até sorrir!
E submerjo então desesperadamente em busca da realidade, tal qual um quase afogado em busca do ar.
Ressuscito, mais gente...
com outro sorriso,
outras vontades,
outras perguntas....
e recomeça uma nova viagem...outra vertigem,
em busca de mim mesma e de novas convicções.
Procuro sempre ser realista.! Tenho meus pés firmemente plantados no chão e minhas mãos a brincar com as estrelas...
Se sou mais que uma pedra ou uma planta?
Não sei.
Sou diferente.Não sei o que é mais ou menos.
Fernando Pessoa.
Não sei.
Sou diferente.Não sei o que é mais ou menos.
Fernando Pessoa.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Desastres poéticos de uma dona de casa.
Seis horas.
Desperta o celular.
Maria também desperta. Olhos pesados,cobertos de sonhos.
Café passado,e passam todos apressados.
Deixando impresso em sua testa um beijo, em sua pressa, a louça por lavar.
E Maria além do café, passa a roupa, o pano no chão e ela mesma passa sem perceber que quem passa mesmo é o tempo.
Levar o lixo! Maria esquece, ao começar revirar o seu,
Suas gavetas com todos os papéis representados, poesias e falas não ditas,
separando os beijos molhados dos amores já secos.
Onze horas, feijão no fogo, Maria tenta em vão coordenar os pensamentos.
Alho, temperos, cebolas....(cebolas a fazem chorar...)
Maria aproveita as lágrimas de cebola, para sentir alguma dor....lágrimas são sempre para serem choradas.
Meio-dia! se passou meio-dia!
Louça pra lavar, um copo se estatela, um a menos....cacos a mais para juntar,
Maria pensa em juntá-los aos seus, tentar formar um mosaico, que desenhe um novo dia.
Um novo dia!
E já é tarde, já é de tarde.
O fogo que arde, que queima,
extingue-se com o sol...com os anos.
E que venha a noite!
E um sono sem sonhos.
Pois até as Marias merecem, por instantes, deixar de pensar!
Desperta o celular.
Maria também desperta. Olhos pesados,cobertos de sonhos.
Café passado,e passam todos apressados.
Deixando impresso em sua testa um beijo, em sua pressa, a louça por lavar.
E Maria além do café, passa a roupa, o pano no chão e ela mesma passa sem perceber que quem passa mesmo é o tempo.
Levar o lixo! Maria esquece, ao começar revirar o seu,
Suas gavetas com todos os papéis representados, poesias e falas não ditas,
separando os beijos molhados dos amores já secos.
Onze horas, feijão no fogo, Maria tenta em vão coordenar os pensamentos.
Alho, temperos, cebolas....(cebolas a fazem chorar...)
Maria aproveita as lágrimas de cebola, para sentir alguma dor....lágrimas são sempre para serem choradas.
Meio-dia! se passou meio-dia!
Louça pra lavar, um copo se estatela, um a menos....cacos a mais para juntar,
Maria pensa em juntá-los aos seus, tentar formar um mosaico, que desenhe um novo dia.
Um novo dia!
E já é tarde, já é de tarde.
O fogo que arde, que queima,
extingue-se com o sol...com os anos.
E que venha a noite!
E um sono sem sonhos.
Pois até as Marias merecem, por instantes, deixar de pensar!
Assinar:
Postagens (Atom)