Se sou mais que uma pedra ou uma planta?
Não sei.
Sou diferente.Não sei o que é mais ou menos.
Fernando Pessoa.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

 Madrugada...
Em meus olhos, carregados de cores e sono, a sensação passada de mundos noturnos
confunde-se com estas palavras objeto que desejam-se, despejam-se...
Como se houvesse um desabamento central da alma, página afora.
Facas, navalhas, cacos de vidro inexistentes causam-me cortes abissais
de onde saltam formigas enfileiradas feito pesadelo que se tem acordado.
Um menino mastiga giletes,
O outro afina silêncios...
A menina vende sua alma,
Eu, vendo meus olhos e sigo, umidade afora.
Dentro do escuro a paisagem é toda azul...
E há o som de pianos ao longe,
As cidades são desenhos de castelos de pedra
E os corações, pedras de gelo.
Amanhece, e a sensação noturna ainda é.


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