Tenho tido bloqueios para escrever poesia.
Já não quero mais escrever sobre a pressa, sobre a vida, filosofias vãs e conceitos falhos.
Minha memória poética está temporariamente em branco, assim feito a palheta de cores.
O mundo real terá me vencido?
Para poder seguir, teria eu apagado tudo?
Confesso que é mais comodo não sentir!
Muito mais fácil ser outra, fingido que ainda sou eu... ou ainda, ser eu fingindo ser outra.....
Torno-me menos alvo a espera da seta.
Cansei das noites de insônia e dos olhares enviesados...
Cansei de ser eu sempre a estranha a quebrar as normas,
a dizer verdades que depois me fazem sentir mal...(mesmo sendo verdades.)
Não estaciono mais diante de uma flor no jardim...( Não quero mais que me pensem borboleta)
Não fico comentando com alguém o por do sol...
não falo mais o que sinto sobre o pulsar da rua de pedras com a casa abandonada,
não fico a discutir com os outros teorias sobre arte e amor.
Tenho sido uma pessoa agradavelmente normal, porém, esta normalidade é o que paira entre minha alma e pele ocupando o espaço da poesia.
Colorir o dia,
ressignificar o feio, tripudiar o belo,
Destruir conceitos absolutos...
Pensar, acreditar e viver em um mundo diferente mesmo que seja o "Meu".
É isso que me move, que me mantém..
A vida sem poesia é um mundo sem cor.
A realidade sem poesia, é a tortura de uma pequena morte diária...
Uma música sem som...
Já nem sei, se sou quem fui um dia ,ou se amanhã ainda serei eu mesma.
Já nem sei em qual gaveta guardei aquele bilhete em branco que estava sob a mesa.
*.* caramba, vc escreve muito há tempos não leio nada assim em blogs, parabéns x))
ResponderExcluire eu to comentando aqui nao por causa da sua visita mas realmente pq é bom, muito bom
Obrigada pela sua visita e pelo seu comentário :-))
ResponderExcluirClaro que vim logo espreitar o seu "mundo"... e VOU CONTINUAR!! :-))) Gostei do tipo de escrita :-))
Colocarei sempre na tua mesa uma folha em branco, porque apesar de todas as brancas que possas ter sem dúvida que ao escrevê-las a tornarás na beleza, musicalidade e inteligência que sempre habituaste os leitores do teu blog, pois o que escreves dignifica-nos, enaltece-te e enobrece a nossa língua.
ResponderExcluirBeijos