Se sou mais que uma pedra ou uma planta?
Não sei.
Sou diferente.Não sei o que é mais ou menos.
Fernando Pessoa.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sem título.

Acho que vou construir uma casa na árvore!
No meio do mato, onde o som seja o do vento, do ar , do mundo natural.
Nada de musiquinhas grudentas eleitorais.
Nada de cuecas cheias de dinheiro.( e o povo apenas a observar.)
Nada de jornais noticiando o último crime do dia,ou a última cor do esmalte da moda. ( Pasmem, mas outro dia no jornal,ao meio dia, a comentarista passou do assassinato de uma criança para as novas tecnologias oferecidas por empresas que produzem esmaltes, com uma naturalidade espantosa!)
Seria uma tentativa de distrair o telespectador e livrá-lo de uma idigestão certa,após um cardápio de notícias ruins?
Não sei....dizem que ando paranóica.
Dizem também, que ando meio chata com esta mania de desesperança.
Dizem que o mundo tem jeito, mas também que termina no ano que vem...
Também que sonhar é preciso, mas quando sonho,dizem: acorda, Alice!
Acho que serei esta eterna adultescente, querendo morar numa casa na árvore.
E querendo sempre mais árvores, sempre mais verdes, sempre mais pássaros e folhas que levam poesias ao vento...ao espaço , neste mar onde misturam-se ondas e gentes.
Preciso de internet, é claro! Ninguém é livre de determinadas necessidades contemporâneas!
No mais, tinta , pincel,e um papel que me aceite.
Nada de televisão!
Me intriga o poder que detém este meio de comunicação. Um monopólio de informações dividido entre esta e aquela rede poderosa.
Elegem e derrubam  governos!
Nos intervalos uma dança rebolattion ou resultado de futebol.
Repito que, acho isso tática marqueteira  prá não dar tempo de muito pensamento!
Para nos enfiar goela abaixo o nível de Q.I. que pretendem nos permitir.
Definitivemente na minha casinha da árvore, nada de tv a cabo, parabólica, hd, dvd notícias ruins e afins...
Óbviamente, que a casinha será aqui no quintal de casa e vai dar prá ver uns filminhos escolhidos a dedo , vez ou outra...
Enfim, acho que todos mereciam uma casinha na árvore para fugir, abstrair ou ficar em compania de si mesmo.
Sentir-se! Ser!
Livrar-se da mídia, dos pré-conceitos, das pressas,
Viver por instantes na casinha da árvore na floresta do alheamento.
Depois como manda a etiqueta, descer cuidadosamente as escadas até tocar novamente os pés no chão, e esperar o próximo capítulo da novela ( ou seria do novelo?) que desenrola-se no senado.

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